Até os comboios andam aos saltos
Autor: Célia Correia Loureiro
Editora: edição de autor
Data de Inicio: 15 Janeiro 2022
Data de Fim: 19 Janeiro 2022
Leitura 3/2022
Este foi o primeiro livro que li da Célia, e fiquei fã e desejosa de ler todos os outros.
Precisei de respirar fundo e organizar as ideias antes de escrever este texto, porque é um livro muito forte e que mexe connosco.
É um livro de pensamentos, de desabafos, em que se passou a escrito aquilo que se pensa e raramente ou nunca se diz ou se escreve, a forma como mascaramos os nossos medos, receios, tristezas e angústias. Acho que a frase deste livro é "Odeio pessoas" e todos nós sentimos isto em determinados momentos da nossa vida, não é mesmo? Todos nós temos fases em que não queremos estar com ninguém, não queremos ouvir ninguém, estamos saturados das pessoas em geral.
Nesta história tão intima e pessoal são abordados diversos temas como a infância, o cancro, a toxicodependência, o alcoolismo, a pobreza extrema, as relações, o dilema da maternidade,..., um livro tão abrangente, tão completo, com opiniões tão próprias, frias e distantes...e penso a determinada altura: não será apenas uma forma de ocultar os verdadeiros sentimentos da personagem principal?
É cru, é irreverente, é duro, mas acima de tudo intenso. Foi brilhantemente bem escrito, prendendo-me a esta leitura desde o inicio.
Dei por mim stressada porque faltavam dez páginas e a hora de almoço tinha acabado, dei por mim a ler nos dez minutos que hipoteticamente tinha de manhã, mesmo que isso tenha significado andar a correr até poder sair. Mas os bons livros são assim mesmo....
Uma nota bastante positiva para o tamanho da letra, que quero desde já elogiar. Sim, porque depois de 8h/dia a trabalhar num computador com números, quero tudo menos um livro com letra pequena.
Com muita pena, alguns livros da Célia estão esgotados, mas eu espero que haja novas edições, porque adorava ler mais desta autora.
Sinopse Uma mulher prestes a completar 30 anos está no aeroporto de Barajas à espera do voo para Lisboa. Tem um bloco de notas e um lápis, pelo que começa a registar tudo o que vê ao redor, assim como o muito que tem por resolver. Num monólogo intimista e cru, sem cair no politicamente correto, os pensamentos desta mulher ameaçam fundir-se com os do leitor comum.
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